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CERRADO INFINITO NA ESCOLA ESTADUAL

JARDIM DAS CAMÉLIAS

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A convite da minha amiga Silvia MH, artista e educadora, fui apresentar meu trabalho na Escola Estadual Jardim das Camélias, durante sua aula de artes.

Um ano depois, já com o Cerrado infinito na Praça Homero Silva, conversamos sobre a necessidade de expandir a trilha para outro local da cidade,

e lembramos que a escola possuía um grande terreno, completamente abandonado.

Fui lá e conversei com a direção, que aprovou a iniciativa de fazer o plantio e desenvolvermos um pequeno trecho da trilha com os alunos.

Era um plano do programa do Cerrado Infinito expandir a trilha em vários pontos pela cidade, e nessa vontade utópica, conectá-los no futuro

até criar uma grande área campestre urbana. Mas o cultivo de cerrado é uma tarefa difícil ainda em processo de entendimento, e antes disso é necessário reprogramar nossa relação com as plantas, pensei que nada poderia ser melhor do que começar numa escola.

O processo durou dois anos, eu levava plantas todas as quartas feiras e ensinava os alunos a plantarem, entenderem as relações entre elas, sobre seu papel  no equilíbrio ecológico, na captação de água, com a fauna, na história da cidade, e o por que delas terem desaparecido completamente por aqui.

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A situação do terreno era ruim, cheio de lixo que foi devidamente encaminhado, e retiramos os capins até deixar completamente a terra nua, depois reviramos tudo

e a surpresa era que tinha muito entulho por baixo. Para tentar melhorar o solo, cada aluno levou um pouco de terra adubada, o que não é um

procedimento normal dos plantios do Cerrado Infinito. A terra adubada não ajuda muito pra fazer cerrado, embora a quantidade

que colocamos tenha sido apenas simbólica.

Ao longo do tempo, no entanto a vegetação se adaptou bem, não é a toa que boa parte delas são típicas de terrenos baldios.

e no processo lento de quase um ano, conseguimos um resultado mais rápido do que no Cerrado Infinito da praça.

As regas e o cuidado um pouco mais reservado da escola, favoreceu as plantas, que diferentemente da praça, sofrem a fricção com  as pessoas, a falta de água no inverno, e outros problemas de um espaço aberto.

As plantas foram encantando todos, funcionários, alunos, e a minha relação com eles foi mudando.

Nunca me coloquei como professor, mas acredito que os alunos apreenderam e vivenciaram coisas que não teriam acesso de outra forma.

A escola pública em São Paulo, como no Brasil em geral é sucateada, sem recursos, no Jardim das Camélias não é diferente.

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A situação do terreno era ruim, cheio de lixo, para começar, retiramos os capins até deixar completamente a terra nua, depois reviramos tudo

e a surpresa era que tinha muito entulho por baixo. Para tentar melhorar o solo, cada aluno levou um pouco de terra adubada,

o que não é um procedimento normal dos plantios do Cerrado Infinito. A terra adubada não ajuda muito pra fazer cerrado, embora a quantidade que colocamos tenha sido apenas simbólica.

Ao longo do tempo, no entanto a vegetação se adaptou bem, não é a toa que boa parte delas são típicas de terrenos baldios.

e no processo lento de quase um ano, conseguimos um resultado mais rápido do que no Cerrado Infinito da praça.

As regas e o cuidado um pouco mais reservado da escola, favoreceu as plantas, que diferentemente da praça, sofrem a fricção com  as pessoas, a falta de água no inverno, e outros problemas de um espaço aberto.

As plantas foram encantando todos, funcionários, alunos, e a minha relação com eles foi mudando.

Nunca me coloquei como professor, mas acredito que os alunos apreenderam e vivenciaram coisas que não teriam acesso de outra forma.

A escola pública em São Paulo, como no Brasil em geral é sucateada, sem recursos, no Jardim das Camélias não é diferente.

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