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NÃO PISE NA GRAMA OU ARCÁDIA

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Instalação para exposição "Aluga-se", ocupação em casa, 2010

Ao sair da minha casa, observo os territórios, as geografias sonoras, e as relações culturais que constroem o espaço fisico da cidade. É um momento de crescimento social e econômico, e isso aumenta a velocidade e o tamanho de modificações feitas pela especulação imobiliária, entre outros atores que afetam radicalmente a paisagem. As casas, com seus significados são sumariamente destruídas. Começo então a seguir a demolição de algumas casas e noto que no meio da paisagem arrasada, as construtoras preservam os jardins. Um tipo de recalque já bem estabelecido, impede o corte das árvores e a destruição das plantas, enquanto estão ainda vendendo os apartamentos. Esses jardins caseiros se tornam um tipo de amortecimento emocional dos vizinhos e pessoas que transitam ao redor, até que alguns meses depois sobem tapumes e fora da vista começa a construção do edifício. O jardim só é retirado depois do prédio estar quase pronto e as pessoas já o aceitarem como parte integrante da paisagem.

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"Desenho e arquitetura interagem, mas inversamente, a livre improvisação do desenho resulta na linha espessa e  contínua

que percorre o sinuoso e azul espaço do banheiro sem violá-lo, mas cortejando-o. Talvez o valor intrínseco da forma livre

não passe de uma ilusão metafísica e o desenho possa admirar a solidez das coisas e suas finalidades mundanas.

Não é à toa que estamos no banheiro, local de necessidades físicas, nudez e também asseio, vaidade, purificação.”  

Por José Bento Ferreira

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"Algo nasce da destruição completa ( otimismo biológico )"

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Fotografia 83 X 125cm  para exposição “About Change”, curado por Marina Galvani, The World Bank Main Complex, Washington DC, EUA, 2011

Sobre Change, in Latin America and the Caribbean  por Váleria González,  2011

 

"Daniel Caballero pertence a uma nova geração de artistas brasileiros que, sozinhos ou coletivamente, buscam, com seus trabalhos, abrir espaços alternativos fora de museus e galerias de arte, não como forma de critica ao sistema de arte atual – como geralmente fizeram os avant-gardes- mas realmente buscando ou criando espaços não institucionais onde outras formas de engajamento com os visualizadores podem ser possíveis.

Esse é o caso com Arcádia, uma intervenção que foi parte de uma apropriação coletiva de uma casa antiga. Daniel Caballero escolheu o banheiro e, sem tentar concebê-lo como sua estrutura funcional, transformou-o em um espaço mágico. Ele cobriu cada superfície do banheiro com grama plantada, textos e sua típica pintura mural feita por linhas que se parecem com estranhos canos de água ou serpentes, escalando livremente as paredes, como se estivessem completamente indiferentes à lógica racional da arquitetura.

Para Caballero, os limites do espaço arquitetônico representam a ordem social, que geralmente tem um papel repressor das forças criativas do indivíduo. O que ele faz não é feito para decorar esses limites, ou até mesmo, negá-los, mas engajá-los com o espaço que eles definem em um novo tipo de diálogo."

Texto do catálogo da exposição "About Change" In Latin America and the Caribbean,  realizada em 2011 em Washington D.C.  pelo Banco Mundial. 
A exposição apresenta um recorte da nova arte Latino Americana.

 

CENTAURO

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Centauro |  Escultura efêmera, ripas, caibros, caixas de papelão, fitas adesivas e  materiais de descarte, altura 13 metros, apresentada na coletiva "20 e poucos anos"na  Barô Galeria, entre fevereiro e março de 2011. 

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Patas na lama, mente nas estrelas, um instante de equilíbrio. Tudo passa...

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